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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A lenda de Yauara

Quando visito algum cliente novo, ou até mesmo com alunos e amigos, sempre surge a pergunta sobre o que significa o nome da minha empresa "Yauara". Primeiro surgiu da vontade de valorizar o maior tronco linguístico da américa, que é o Tupi-Guarani, depois, da pertinência com a minha idéia de mercado, de onde tirei o slogan da minha empresa: O mercado é uma selva. Aí me lembrei de uma velha lenda, contada por uma antropóloga brasileira (que não me lembro o nome) que achei numa dessas incursões cascavilhantes nesse maravilhoso emaranhado de bits chamado Internet, achei, gostei, ctrl C - ctrl V, e ficou lá no meu HD por anos, até que resolvi usar, o que foi bom, pois nunca mais achei nada a respeito dessa lenda. Por isso mesmo coloco-a aqui para a satisfação da curiosidade de meus nobres colegas internautas. Ei-la:

A Lenda de Yauara

Era uma vez uma linda princesa chamada Yamí. Sua beleza era o orgulho não só de seus pais como de toda a sua gente. Sua pele dourada, seus olhos da cor do mel, a delicadeza com que andava, parecendo mal tocar no solo, a altivez que se via não ser fruto da sua posição, mas antes inata: era ela tão graciosa que sua fama correu toda a região e chegou a margens distantes.

Quando chegou a idade em que, pelo hábito, Yamí deveria se casar, a sombra da preocupação desceu sobre a sua casa. Pois pretendentes havia, e muitos; mas ela não dava mostras de se interessar por qualquer deles. Antes, amava ficar às margens do lago à noite, contemplando a Lua e as estrelas. Eram tantos porém que a cobiçavam, e tão ferozes, que o desdém da princesa levou seu pai a anunciar um concurso destinado a escolher o mais bravo, forte e virtuoso entre eles. Alimentava a esperança de que, ao vê-los demonstrando suas qualidades, Yamí abrisse o seu coração.
No entanto, não foi o que aconteceu. Ao cair da noite, os olhos de mel se desviaram do concurso e fugiram para o interior da floresta. "Lua, Lua, me leva. Esconde-me para que ninguém me veja", suplicou a princesa. E a Lua, que era sua avó, atendeu ao seu pedido e carregou-a para bem longe.
Ao constatar o desaparecimento, seu pai mandou interromper as competições para que Yamí fosse trazida de volta. As buscas se revelaram inúteis, pois ela fora levada para a própria casa da Lua. Então um novo decreto foi anunciado: aquele que encontrasse a princesa e a trouxesse sã e salva de volta para casa seria o vencedor e se casaria com ela. Os pretendentes se lançaram à floresta imediatamente, correndo em todas as direções. Mas, como nem os melhores caçadores eram capazes de encontrar um rastro que fosse, desistiram da busca um a um.
Havia, porém, um guerreiro chamado Yauara. Tinha sido um dos mais destacados nas primeiras provas e o amor que há muito tempo sentia pela princesa o impedia de abandoná-la. Lembrou-se das muitas vezes em que a seguira, sem deixar que o visse, e a contemplara à luz azulada da noite. Guiado por seu coração, seguiu a trilha do luar até o amanhecer. Pouco antes dos primeiros raios da aurora, viu onde a Lua se escondia. Para lá se dirigiu e encontrou Yamí adormecida, ao lado de sua avó. Tomou-a nos braços, com o máximo cuidado, e levou-a de volta.
Yamí acordou na casa de seu pai, surpresa e irritada. Mais irritada ainda ficou quando soube que sua mão estava prometida a Yauara. "Amo apenas a noite", disse a ele. "Se me quiseres como mulher, terás antes de tomar para teu corpo o negrume do céu, e para teus olhos o brilho das estrelas. Terás de ser belo e misterioso como a madrugada".
Yauara ficou triste. Aventurara-se a buscar a princesa não tanto para tê-la, mas por preocupação. E, no lugar de gratidão, recebia desprezo. No entanto, da mesma forma que antes, não desistiu. E, naquela noite, implorou à Lua que o ajudasse. A Lua se comoveu com o amor do guerreiro, que muitos perigos enfrentara em sua busca. E o transformou num grande felino, de pele negra como o céu na noite fechada, e olhos brilhantes como duas estrelas. E foi dessa forma que Yauara se apresentou novamente a Yamí. A princesa se amedrontou e tentou se recusar mais uma vez. Porém, Yauara não aceitava mais desculpas. Tomou Yamí e a levou para a floresta, onde a Lua a transformou também numa pantera.
Os dois tiveram um filho. Sua pele era dourada como a da mãe, com pintas negras da cor do pai. Andava pelas matas com leveza, sem um ruído sequer, mas também rugia como quem se sabe de estirpe real. Amava a noite, quando saía para caçar, protegido pela Lua e pela obstinação que herdou do pai. Foi a primeira Onça Pintada, e brilhavam como estrelas os seus olhos da cor do mel.


FIM

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Propaganda Política

Criei esse Blog para falar exclusivamente sobre Marketing Educacional, área em que amo trabalhar. Porém está impossível fugir dessa "roubada" que é a propaganda política e vou abrir uma exceção (só dessa vez, eu acho). Já estava tentando escrever alguma coisa quando me deparei hoje pela manhã com esse artigo de Hugo Possolo na Folha, e confesso que fiquei feliz, pois me poupou trabalho. Ele falou tudo o que eu queria dizer, mas talvez não o dissesse com tanta maestria. Ei-lo:

OPINIÃO PROPAGANDA POLÍTICA

Horário da roubada eleitoral: vou explodir

Botox, maquiagem, paisagens, gente sorrindo... Não dá para assistir a esse lixo e acreditar que ali tem algo sincero...

ESPECIAL PARA A FOLHA

Eu vou explodir! É o mínimo que deve fazer um palhaço-bomba depois de assistir ao horário eleitoral gratuito! Nem tão gratuito assim, pois vamos pagar caro por isso! Não tive como fugir dessa -com trocadilhos- roubada. A zona é tanta que mistura os gordos minutos da campanha presidencial com o conta-gotas esdrúxulo das campanhas a deputado e senador. São dois mundos.
No presidencial, Dilma e Serra pagam fortunas para que publiciotários criem um Brasil cor-de-rosa! Botox, maquiagem, paisagens, gente sorrindo, crianças sendo abraçadas...
Assista e veja um próspero país que aposta na continuidade. Continuidade de quê? Favelas? Tráfico? Juros? Educação no lixo? Cultura de perfumaria? Eu vou explodir! Tudo é tão revelador. Não acho que Lula goste tanto da Dilma: mandou ela ao Chuí e foi gravar no Oiapoque!
O Serra está mais para candidato a ministro da Saúde. Já a Marina nos garantiu minutos de distração com seu Discovery Greenpeace. No meio de tudo, algo me intrigou: se a vereadora Mara Gabrilli (PSDB) não deveria ter perguntado se alguém permitiria que Dilma cuidasse de seu filho, por que agora Dilma se apresenta como mãe do povo? Mais respeito!
Não coloquem a mãe no meio, que eu vou explodir! Já do lado de deputados e senadores, ressurge o filme de horror, com cada um cuspindo frases sem efeito, com o defeito de não terem nada feito e muito menos por fazer.
Honesto é o palhaço Tiririca, que diz que não sabe por que está ali. Se ele não fosse candidato, votava nele! Parece campanha pelo voto nulo! Seria covardia fazer piada com candidatos pseudocelebridades. Deve faltar emprego em entretenimento, então vão fazer bico no Congresso! Não dá para assistir a esse lixo e acreditar que ali tem algo sincero. Eu vou explodir!
Mas, no fundo, não quero que nada se exploda! Afinal, estamos todos bem, o país não tem mais desigualdades sociais, tem pré-sal e está repleto de bolsas. Nesse céu de açúcar cor de anil, a vontade é mandá-los todos à ...!
As reticências são uma homenagem ao TSE, que deveria ler os artigos de Hélio De La Peña e Danilo Gentili publicados aqui na Folha. Quem sabe assim, envergonhado, o TSE altere essa regra que representa a volta da censura nos moldes dos tempos da ditadura. Só explodindo!


HUGO POSSOLO, 48, palhaço, dramaturgo e diretor dos Parlapatões e do Circo Roda, é autor do livro "Palhaço-Bomba".

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Marketing se faz com pesquisa, análise de dados e planejamento

Não é raro a gente se surpreender ao encontrar pessoas, até alocadas em departamentos de marketing de algumas instituições de ensino superior que, mesmo eles, que deveriam ser as pessoas que mais entendem do negócio - MARKETING - dentro da instituição, muitas vezes confundem marketing com propaganda. A palavra "Marketing" no Brasil parece ter ganhado um ranço equivocado, algumas vezes de "vendas" outras vezes de "propaganda". E para os que conhecem do riscado e se dedicam ao estudo um pouco mais aprofundado do tema, dói quando nos deparamos com aquelas célebres frases: "precisamos dar início a nossa campanha de processo seletivo; vamos colocar o nosso marketing nas ruas".

Na mesma linha de raciocínio, não é raro encontrar acionistas ou donos de instituições e empresas que, na falta de alguém capacitado tecnicamente para a área, coloca a filha para tocar o departamento de marketing; aquela moça, prendadíssima, que fez intercâmbio nos Estados Unidos, é super criativa e comunicativa, estudou Psicologia, mas não terminou, achou que "daria" para as artes, mas não passou nas prévias das melhores escolas de Arquitetura, sabe organizar uma festa como ninguém e dá um banho de oratória nos discursos das festas de casamento. Quando nos deparamos com pessoas assim tocando os departamentos de marketing de algumas instituições, somos obrigados a ouvir: "ah, qualquer um faz marketing; é só saber contratar uma agência de publicidade e propaganda, saber fazer e organizar eventos, ter um bom jornalista para mandar notinhas para o jornal e uma boa telefonista para atender os fregueses".

Começa pelo título correto do cargo principal do departamento de marketing de uma instituição de ensino, que deveria ser Gerente de Marketing, Comunicação e Relacionamento. Além disso, esse profissional, obrigatoriamente deveria ser formado ou numa das áreas da Comunicação Social ou em Administração de Empresas. Ter realizado uma pós-graduação ou um MBA em Administração de Marketing. Ter feito ainda cursos ou mais especializações em Marketing de Serviços e Marketing de Relacionamento. Ter tido uma boa experiência de atuação junto a agências de publicidade e propaganda; saber como coordenar os serviços de uma assessoria de imprensa e de uma agência de eventos; ter boas noções de planejamento em Marketing Digital, essencial para os dias atuais, onde encontramos com facilidade agências especializadas nessa área para dar o suporte técnico e operacional. Saber treinar e capacitar pessoas; ter o espírito de liderança e de formação de times eficientes de trabalho; ser um agregador de bom capital humano.

Uma das ferramentas mais importantes que um profissional de marketing tem sempre a mão e, nada de estratégico consegue fazer sem, são as famosas "pesquisas". Pesquisas de mercado, da concorrência, de recall, de imagem, de perfil de target, de comportamento do consumidor, de potencial de consumo, de demanda, de ligações no Call Center, de inscritos, de matriculados, enfim, pesquisas, pesquisas e mais pesquisas. Nada se faz na área de marketing sem que se tenha dados para medir, diagnosticar e se planejar o que se quer alcançar. Mas de nada adianta também termos apenas dados, números e índices, se não temos uma pessoa capacitada que saiba analisá-los, projetá-los para as futuras ações que deverão ser realizadas para se atingir os objetivos almejados.

O profissional de Marketing deve ser encarado dentro da instituição como um profissional gerador de resultados concretos. O departamento de marketing deve gerar resultados mensuráveis, e é para isso que se contratam pessoas realmente capazes, bem formadas e engajadas com os resultados finais dos processos. Suas expertises passam por ter o conhecimento necessário para se planejar lançamento de novos produtos; melhora da imagem corporativa e manutenção da identidade visual da instituição, sua marca e sua linha de produtos; conhecer de técnica de vendas, promoção e as mídias mais adequadas a promoção de cada produto; saber gerenciar uma marca e lançar mão de recursos para sua fidelização, com os diferentes perfis de públicos consumidores; saber se posicionar frente a concorrência, tanto em termos de atributos qualificadores e diferenciadores, quanto em relação a correta precificação desses produtos; estudar as tendências do mercado/setor a que se está inserido, conhecendo e estando por dentro das capacidades e indicativos futuros de pra onde caminha esse mercado na curva de tempo e sobrevivência; estudo aprofundado da distribuição de verba do departamento, com todas as ações e promoções a serem feitas anualmente pela instituição, controlando adequadamente planos de mídia e margens de negociação em comissionamento de veículos e fornecedores; incentivar a motivação e capacitação periódica da equipe, promovendo treinamentos e dinâmicas.

Dessa forma, sabendo contratar, cobrar resultados e oferecendo certa autonomia aos Gestores de Marketing das instituições de ensino, é fácil poder medir e comprovar os positivos resultados que um departamento de marketing e comunicação pode gerar para uma instituição. Do contrário, vamos continuar nos deparando com instituições que usam a potencialidade de sua estrutura de marketing para realizar cerimoniais de formaturas, serviço de atendimento ao aluno e sorteio de bolsas ou laptops aos alunos que indicam amigos e parentes para preencher novas vagas na graduação. Um verdadeiro desperdício de potencialidades e expertises à favor do seu negócio.

Cyntia Marchetti

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Person compra parte da SEB - ações disparam, pena que não comprei ano passado...

O SEB (Sistema Educacional Brasileiro) anunciou nesta quinta-feira (22) que acertou uma parceria com a Pearson para venda de seu sistema educacional e outros ativos em uma operação em que mais que dobra o tamanho dos negócios com educação do grupo britânico no país. A Pearson vai comprar os sistemas de ensino COC, Pueri Domus, Dom Bosco e Name, além de gráfica, operações de logística e o portal educacional Klick Net, e fornecerá tecnologia para as escolas do SEB que operam sob as marcas COC, Pueri Domus e Dom Bosco num contrato de sete anos. A Pearson também fará uma oferta pública de aquisição das ações do restante dos acionistas do SEB e pagará o mesmo valor ofertado aos controladores, de 22 reais por ação. Além disso, os controladores do SEB farão uma segunda oferta pública de aquisição de ações da holding Nova SEB, oferecendo um preço de 9 reais por ação para fechar o capital da empresa. Com isso, o valor total oferecido aos não controladores será de 31 reais por ação um ágio de 62,9 por cento sobre o preço registrado em 20 de julho. Os sistemas de ensino incluem apoio e treinamento de professores, impressão e materiais digitais e serviços de tecnologia. A Person estima que o mercado de material educacional do Brasil seja avaliado em 2 bilhões de dólares. A Pearson divulgou que espera que a divisão de sistemas de educação do SEB gere vendas de cerca de 160 milhões de reais em 2010 e que mantenha rápido crescimento. O SEB é 70 por cento controlada pela família Zaher. As operações de sistemas de ensino do SEB registraram crescimento orgânico médio de mais de 20 por cento e margens operacionais de cerca de 35 por cento. O acordo com a Pearson prevê uma reorganização societária do SEB, que será dividida na área de sistemas de ensino adquirida pelo grupo britânico e na área que seguirá com o restante dos ativos que incluem 31 escolas, faculdade, ensino à distância e cursos preparatórios para área jurídica. Com essa reorganização societária, a Pearson vai adquirir a totalidade do capital social de uma holding que terá 88,81 por cento do capital votante e 63,69 por cento do capital total da SEB. A Pearson também terá uma participação direta no grupo de 5,35 por cento do capital social. O grupo britânico vai pagar 613,3 milhões de reais por essas participações direta e indireta. Segundo o SEB, o preço da aquisição indireta do controle da empresa pela Pearson é de 22 reais por ação, que encerrou na quarta-feira (21) a 19,70 reais.
A expectativa é que o fechamento da operação ocorra em até 60 dias.

Enquanto isso no mercado...

Para Sérgio Werther Duque Estrada, sócio-diretor da Valormax, empresa especializada em reestruturação, fusão e aquisição de companhias e grandes grupos, o setor de ensino superior brasileiro ainda precisa amadurecer. "Nossas instituições ainda são muito empreendedoras, mas pouco empresariais e esse é um aspecto que precisa ser muito bem trabalhado se elas pretendem se consolidar internamente para depois pensarem no exterior. Não há como crescer e oferecer ensino de qualidade sem equilibrar a visão educacional com a empresarial. Essa é a competência necessária para uma instituição privada de ensino superior ter sucesso."
De qualquer forma, os grandes grupos educacionais brasileiros parecem viver um bom momento. Dados da consultoria KPMG mostram que, só no primeiro semestre de 2008, o setor de ensino superior registrou 30 aquisições, sendo o terceiro segmento no país em que mais ocorreram fusões e, perdendo apenas para os segmentos de tecnologia da informação e de alimentos e bebidas.
Detentor do único grupo brasileiro que, segundo analistas, reúne atualmente musculatura financeira capaz de romper as fronteiras brasileiras, Carbonari ( Anhanguera Educacional) mostra que ainda há muito espaço para investir no Brasil. "A educação no Brasil está em expansão, já que possuímos atualmente apenas 12% da faixa de 18 a 24 anos da população brasileira nas escolas superiores, um índice ainda muito baixo perto dos 70% a 80% registrados nos países desenvolvidos, ou mesmo em relação aos nossos vizinhos. A Bolívia, por exemplo, para surpresa de muitos, inclusive do mercado internacional, tem registrado um crescimento no número de alunos matriculados no ensino superior bem maior que o nosso."
Os planos internos da Anhanguera, que captou R$ 868 milhões em apenas duas ofertas públicas de ações, realizadas uma no ano passado e outra nesse ano, é chegar a 2012 com 120 campi e mais de 400 mil alunos. A empresa educacional adquiriu no início de julho a 48ª unidade, o Centro de Ensino Superior de Rondonópolis, mantenedor da Faculdade do Sul de Mato Grosso (Facsul).

Na Kroton, o objetivo é investir em pequenas e médias instituições de ensino que possuam de mil a quatro mil alunos em cidades que apresentam grande potencial de crescimento e conseqüente aumento do poder aquisitivo da população, tendo o Centro-Oeste como prioridade. Além das universidades Pitágoras e Faculdades de Tecnologia Ined, a Kroton adquiriu recentemente a Faculdade de Tecnologia de Londrina e a Uniminas, localizada em Uberlândia. "Temos um expertise de trabalhar em escala e de possuir bons processos de avaliação de aprendizagem. Essas são duas características que chamam a atenção principalmente dos grandes investidores e de grupos americanos", diz Walter Braga.
Há algum tempo os grupos internacionais começaram a olhar para o setor de educação superior brasileiro. O movimento começou por volta de 2001, quando a Laureate International Universities, uma das maiores redes mundiais de instituições privadas de ensino superior, chegou ao país interessada em investir no segmento. Foram três anos de estudos e de um namoro que se consolidou com a compra de 51% da Universidade Anhembi Morumbi, em 2005, e posteriormente da Universidade Potiguar do Rio Grande do Norte; da Business School São Paulo; da Escola Superior de Administração, Direito e Economia de Porto Alegre e do Centro Universitário do Norte (UniNorte), localizado no Amazonas.
Outros grupos estrangeiros também aportaram no Brasil, como a Whitney International, que controla 50% das Faculdades Jorge Amado de Salvador, e o Apollo Group, que teve participação nas Faculdades Pitágoras e agora ensaia a volta tentando adquirir o Grupo Objetivo. A DeVry University, universidade norte-americana de capital aberto, estuda a melhor forma de entrar no país.
Com toda essa movimentação recente do mercado, a possibilidade de internacionalização do setor é um assunto que está apenas começando a ser analisado, mas que deve dominar o planejamento dos grandes grupos educacionais brasileiros nos próximos anos.

Capital aberto para expandir

Outro comportamento recente das instituições de ensino superior brasileiras, e que as capitalizou o suficiente para começar a pensar no mercado internacional, é a abertura de capital. Além da Anhanguera, da Kroton e da Estácio Participações, também tem ações na Bolsa de Valores o SEB (Sistema Educacional Brasileiro), surgido há mais de 40 anos em Ribeirão Preto, mais conhecido pela marca Sistema COC de Ensino e que já adquiriu a Faculdade Metropolitana de Belo Horizonte e mais recentemente o Grupo Dom Bosco. Outros grupos aguardam ou estudam o momento mais conveniente para abrir o seu capital enquanto investem na compra de outras instituições. São eles o Grupo Iuni Educacional, de Mato Grosso, o oitavo maior do país segundo o ranking da Hoper Consultoria, que além de dominar o Centro-Oeste vem abrindo frentes no Norte e no Nordeste; a Veris Educacional, que além da marca Ibmec tem em sua rede a Metrocamp de Campinas e as faculdades Evandro Lins e Silva, Inea e Uirapuru; o Grupo Anima, formado pela UNA e a Unimonte; o Grupo Unicsul, que possui quatro campi em São Paulo e comprou a UniDF, em Brasília, e o Grupo Universitário Maurício de Nassau, de Pernambuco.


Prof. Hermes Ximenes Naves

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Anunciar em Cinema - Mídia com imersão total.



Anunciar nas salas de cinema antes do início do filme consiste em uma excelente opção para atingir um público altamente qualificado, em um momento em que se encontra menos disperso e mais comprometido com o conteúdo que lhe é apresentado, contando ainda com o impacto da tela grande na transmissão da mensagem. A utilização da sala de cinema como mídia no país vem crescendo há dez anos paralelamente ao aperfeiçoamento dos cinemas, à chegada do modelo multiplex e à profissionalização das empresas comercializadoras de publicidade no meio.
A YAUARA CINE MÍDIA é uma empresa tricordiana, que está desde 2001 no mercado do Sul de Minas, atendendo primeiramente como agência de propaganda e consultoria em marketing e pesquisa, agora vem trazer uma das melhores opções em anúncio publicitário, aliando a praticidade e versatilidade da mídia audiovisual ao ambiente de extrema imersão, ideal para assimilação de mensagens publicitárias, que é o cinema. Com equipamentos novos e tecnologia digital está disponibilizando para anunciantes a possibilidade de inserir comerciais antes das sessões a partir de arquivos digitais. Aliado a isso a YAUARA CINE MÍDIA, empresa parceira do Grupo CINE MASTER realiza também ações para expandir o mercado cinematográfico em nossa região, pois, através de ações de marketing, conseguiremos aumentar consideravelmente a presença do público nos cinemas, um público altamente qualificado que considera a mídia no cinema como de alta credibilidade.
Aproveite as promoções de lançamento!!! Três Corações e Varginha.
Ligue: (35) 3234-2019
Hermes Ximenes Naves
Diretor Geral

quinta-feira, 29 de abril de 2010

A sua IES faz Marketing?

Enquanto os grandes players se esforçam para deixar claras as suas ações de marketing, de cross selling, de marketing viral, social media ou buzz marketing, algumas IES ainda se debatem com a simples diferença conceitual entre o marketing e a propaganda.
Os planejamentos de marketing das grandes instituições, atualmente, estão sendo marcados pelas grandes campanhas de social media ou, as famosas redes sociais, que tomaram conta da cabeça dos jovens (e não só deles) de todo o planeta. Se comunicar hoje em dia, sem passar por essa mídia já não cabe mais no dia-a-dia dos jovens, ou seja, O TARGET, quando falamos de instituições de ensino superior. Outra ferramenta que vem ganhando a atenção cada vez em maior escala durante as campanhas de processos seletivos são as ações de buzz marketing. Sua equipe de marketing e comunicação conhece e trabalha com todas essas modernas ferramentas ou ainda está se preocupando com flyers, anúncios em jornal e outdoor?
Hás pouco mais de uma década, como o próprio presidente da Hoper, Ryon Braga dizia, quase não existiam profissionais de marketing nas instituições de ensino superior; não precisava. Mas hoje em dia, com a brutal concorrência que vem se instalando no setor de educação privada, com a rápida profissionalização dos executivos de marketing e com a imensa quantidade de ferramentas, meios e estratégias que existem para nos comunicarmos com nosso target, as IES que não acompanharem essas mudanças perderão o bonde da história e terão grandes dificuldades de se reerguer.
Se tudo isso que foi citado até agora ficou meio turvo pra você ou pra sua equipe de marketing, tenha em mente, pelo menos, quais são áreas necessárias de atuação de um bom e eficiente departamento de marketing:

1. Inteligência de Marketing: Planejamento de Marketing e Comunicação, alinhado com o Planejamento Estratégico da Instituição.

2. Sistemas de informação – pesquisas, dados, números, análises do mercado, do setor, da concorrência, da região, dos meios.

3. Assessoria de Imprensa & Guia de Fontes – mídia espontânea faz toda a diferença e saber quem colocar para atender a imprensa é fator primordial para o sucesso da interlocução.

4. Web marketing (sites, hotsites, newsletters, mailings, perfis, blogs, comunidades, redes sociais).

5. Planejamento de Campanhas – publicidade e promoção, planos de mídia, boa distribuição da verba.

6. Buzz Marketing - relacionamento com os clientes (prospects, alunos, funcionários, ex-alunos, comunidades, stakeholders).

7. Área de Eventos – Feira de Profissões / Dia Faculdade Aberta / eventos relevantes que agregam comunidades.

8. Endomarketing - comunicação interna – todos precisam estar afinados, motivados e falarem a mesma língua.

Toda a empresa precisa ser orientada para marketing, ter a visão de que TUDO É MARKETING e que são os pequenos detalhes, somados aos grandes esforços de marketing, comunicação e estratégias, que resultam na melhoria da imagem da marca, o que, consequentemente, vai colocar mais alunos pra dentro da IES.

Por Cyntia Marchetti - Hoper

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O que precisamos em uma organização escolar: administradores ou gestores?


A gestão não pode ser vista como uma mera ação de treinamento da liderança. A capacidade de identificar líderes, cuidar deles, recompensá-los e separá-los do “fazer administrativo” diário de uma instituição de ensino estão entre as principais razões de uma organização criar um diferencial de sucesso.
Administradores trabalham com processos fechados e gestores lideram comportamentos e ações, portanto uma instituição precisa dos dois e raramente observamos uma pessoa que tenha o perfil com características de ambos. E o problema está aí: quando confundimos competência em administrar com competência em liderar. Ou vice-versa.

As diferenças

Poderíamos afirmar então que o administrador competente alimenta os processos e faz com que caminhem em uma direção preestabelecida. Procuram atingir as metas, os resultados esperados pelas pessoas que a eles confiaram a tarefa de administrar. Já os gestores compreendem os cenários em que estão inseridos, enxergam com os olhos da mente e respeitam a visão do futuro como uma ciência, portanto conseguem projetar ações e resultados de maneira a favorecer o empreendimento a que estão ligados. Um planeja estrategicamente, em oposição ao outro, que planeja taticamente. Bastante delicado é colocar ambos para impulsionar uma organização. E também é vital saber a diferença entre os dois.

Fatores que matam um líder

Algumas ações são proibitivas para verdadeiros gestores, para aqueles que realmente querem ser considerados líderes. Entre elas poderíamos citar o fato que um líder nunca pode estar distante do que se passa com seus colaboradores. Deve entendê-los muito bem. Em resumo, ser capaz de exercer a empatia. Dois outros fatores que matam um líder é não ter a capacidade de ação rápida e a dificuldade em correr riscos.

Liderança é um dom?

A teoria nos afirma que apenas 30% dos líderes nascem com aptidão para tal. Os outros 70% são resultado de um processo de construção através da vivência, sabendo aproveitar os pontos positivos para avançar e os negativos para reestruturação da própria ação. A literatura a respeito é unânime em afirmar que é a capacidade de construir relações a característica mais importante, seguida da habilidade em buscar soluções para problemas e a tomada rápida de decisões. Pouco adianta uma inteligência superior ou uma gama de conhecimentos, colocados muitas vezes goela a baixo de pares (parceiros de trabalho) e até mesmo dos subordinados, se, na primeira oportunidade, procura se desfazer do que recebeu como se fosse uma bagagem incômoda.
Poderíamos dizer então que a diferença está na personalidade desses gestores líderes, na sua essência. Eles são extremamente brilhantes, assertivos, persuasivos, empáticos e flexíveis. Correm riscos. São sociáveis, demonstrando um nível saudável de ceticismo e estão abertos a novas idéias. Renato Requião Munhoz da Rocha tem uma frase que sempre fala e gosto muito: "Administradores são seguidos porque são chefes; líderes são seguidos porque acreditamos neles”.
Por Gilda Lück
Publicado em GESTÃO EDUCACIONAL ano 3 n 149

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Aos meus amigos do Colégio...


Por que os alunos saem da escola e como trazê-los de volta

Antes de sair atrás de um novo aluno, procure manter e recuperar os antigos. Veja os principais motivos que levam uma pessoa a sair de uma instituição de ensino:

• Preço:
Muitas vezes não é o valor em si que é considerado, mas as condições de pagamento. Não é apenas o preço mais baixo que conta, mas possibilidade de pagar de maneiras diferentes (a lei proíbe que você divida a anualidade em parcelas desiguais entre si, porém permite que você dê descontos diferentes a cada mês). Para seu aluno ou pai, o melhor preço não significa, necessariamente, o mais baixo. Adicione valor, mostre que sua escola tem melhores professores, ou uma grade curricular mais variada ou adequada. Deixe fatos e números mostrarem que o estudante ou responsável está levando muito mais vantagens por real investido. Procure ser explícito. “Qualidade de ensino”, por exemplo, não significa muita coisa. Prefira falar sobre o sucesso que seus alunos tiveram em vestibulares e similares, os claros benefícios de sua linha didática.

• Atendimento:
A fidelidade às pessoas é outro fator que deve ser levado em conta. É comum, principalmente nos cursinhos, haver alunos leais a determinados professores, e não à instituição de ensino. Quando tais mestres vão trabalhar em outro local, os estudantes o seguem. Esse fenômeno é mais comum do que se imagina. Quando aquele cabeleireiro que você gosta muito sai de um salão para trabalhar em outro ou para abrir seu próprio negócio, você não vai junto com ele? Então, na escola é a mesma coisa.
O golpe aqui é triplo: você perde um dos seus bons profissionais, perde vários clientes e ainda ganha um concorrente que sabe tudo sobre você. Para evitar que isso aconteça, atente para estes detalhes:
1. Trate suas estrelas de maneira adequada. Se eles continuarem felizes e satisfeitos na sua escola, nada de mau vai acontecer.
2. Faça com que sua equipe didática “venda” a imagem de sua escola acima de tudo. Seus alunos devem entender que a instituição como um todo é positiva para eles e não apenas um professor.
3. Envolva mais pessoas com os alunos. Eventos, visitas, palestras com personalidades. Tudo isso ajuda a reforçar o nome de sua escola e aumentar o valor percebido de seus serviços.

• Costume:
Quem é que não conhece um casal que continua junto só por costume e preguiça de se separar? Pois a mesma coisa acontece com seus alunos. A tendência de acomodação das pessoas é uma das coisas mais fenomenais que existe. Ao mesmo tempo, existe uma reação: o ser humano também gosta de novidades. O que ele não gosta, porém, é de arriscar. Por isso é tão importante trabalhar a imagem da escola perante os alunos e pais. Enfoque segurança, confiança. A educação de sempre com as novidades de todas as atividades programadas para o próximo ano. Assim, você diminui a possibilidade de transferência de alunos.

• Benefícios extras:
Dependendo da pessoa e do seu estilo de vida, é bem capaz que você tenha vários de seus alunos dispostos a permanecer – e até pagar um pouco mais por alguns “extras” . O truque aqui é descobrir quais extras exatamente o aluno valoriza e quanto realmente ele está disposto a pagar pelo adicional. Podem ser aulas de língua estrangeira, possibilidade de usar a quadra da escola no fim de semana, entre outros.

• Satisfação:
Essa entra no final de propósito. Se o aluno e seu pai estão satisfeitos com a escola, não tem motivo para mudar de escola. Mas manter essa satisfação, que trabalheira. Quem é casado sabe bem como é isso – afinal, é muito mais fácil conquistar uma pessoa por dia do que conquistar a mesma pessoa todos os dias. Só que é essa lealdade, que está acima dos interesses egoístas e míopes de curto prazo, que faz a diferença entre vencedores e derrotados. Sempre que você for analisar o caso de uma pessoa de sucesso, na área que for – trabalho, vida, esporte, religião, etc., verá que existiu alguém que ajudou nos momentos críticos, que ficou ao seu lado quando todos foram embora, que lhe estendeu a mão quando o resto do mundo virava a cara. É esse tipo de relacionamento que faz uma escola valer a pena – e não só do ponto de vista financeiro. A vida é muito mais agradável quando conseguimos nos rodear de pessoas motivadas e leais, com as quais sabemos que podemos contar sempre que for necessário. É esse sentimento que seus alunos devem ter por sua escola: uma relação que vai além dos cadernos, por toda a vida. Um local onde se ensinam coisas que não podem ser descritas por palavras.


Essa lealdade, porém, não é conseguida com tapinhas nas costas, cafezinhos e cartões de Natal. Ela é duramente conquistada, no dia-a-dia, com pequenos detalhes que nos diferenciam e marcam a vida dos estudantes.

É preciso dizer que gestores arrogantes, prepotentes e mentirosos funcionam como verdadeiros "espantalhos" numa instituição de ensino.
Publicado em "Gestão Educacional" ano 3

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Imagens do Immersion Project


















Confira o artigo logo abaixo.
Prof. Hermes

The Immersion Project

Observando a fixação de crianças e adolescentes com telas de computador em Internet cafés, o fotojornalista britânico Robbie Cooper teve a idéia de documentar as suas expressões durante atividades como jogar videogames ou navegar pela Internet. Assim nasceu o projeto Immersion (Imersão, em inglês), no qual ele utilizou uma técnica criativa para capturar “olho no olho” a reação das crianças ao jogarem videogames com certa dose de violência, como Halo 3, Grand Theft Auto 4 e Call of Duty. O projeto, em andamento, prevê registrar um grupo de 75 crianças jogadoras de games, selecionadas com base em seus perfis sócio-econômicos, para registrar, ao longo de 18 meses, suas reações não somente aos jogos eletrônicos violentos, mas também a notícias de TV, vídeos na Internet ou a filmes que retratem situações de guerra. O projeto inclui uma pesquisa acadêmica, no Centro de Mídia da Bournemouth University, na Grã-Bretanha, para analisar as reações de cada criança dos pontos de vista psicológico e sociológico, de acordo com o perfil de cada um. Em entrevista ao jornal britânico The Sunday Telegraph, Cooper, de 39 anos, disse não ter uma opinião formada sobre o impacto que os videogames podem ter sobre as crianças, e que seu projeto não parte de nenhuma idéia pré-concebida sobre essa relação. “É possível que haja uma ligação entre os jogos violentos e agressão social, intimidação ou exclusão, mas é difícil dizer se os jogos violentos são um fator importante nisso”, diz Cooper. “Eu acho que muito do que se disse até hoje sobre o efeito da violência da mídia sobre as crianças não leva em consideração a formação psicológica de cada um e o quanto cada um dos diferentes tipos de violência da mídia tem sobre cada criança específica”, afirma. Para captar as imagens do projeto, Cooper se baseou em uma técnica desenvolvida pelo documentarista americano Errol Morris, chamada “Interrotron”, na qual ele instalava uma tela translúcida em frente à câmera apontada para o entrevistado. De uma outra sala, Morris conduzia a entrevista e sua imagem era projetada pela tela em frente à câmera, fazendo com que o entrevistado, ao olhar para a imagem projetada do entrevistador, estivesse também com o olhar centrado na câmera. Ao adaptar esse formato, Cooper instalou as telas com imagens dos games em frente às câmeras que capturam as expressões das crianças. Cooper coletou imagens de um número grande de crianças até meados do ano 2009, suficiente para a realização de uma mostra com os vídeos e as fotos do projeto.
Para gestores de Marketing Educacional, um retrato de uma geração de jovens em seu habitat natural. Belas imagens.
Original:

The Immersion Project
Robbie Cooper's film stills capture children's faces as they play violent videogames and form the basis of an art project that could also help us understand the effects of spending time in a virtual world. Sam Leith reports. There is an account, apocryphally, from medieval times, of a person walking into a room and being confronted with the sight of a man transfixed. The man in the room is holding something in his hands, staring at it. His eyes are glazed. His lips are moving soundlessly. His soul is elsewhere. The onlooker, unsettled, concludes that the man has been possessed by an evil spirit. In fact, he is simply doing something the onlooker has never seen done before: reading a book. When a child's concentration is fixed on a computer game, a cousin of that uncanny absorption can be seen in his or her - though it is most often his - face. And, just as in the story above, this unaccustomed rapture has become the occasion of suspicion and anxiety. Where has the child gone, and what harm is being done to him there? As games such as Manhunt and Grand Theft Auto offer ever more immersive environments and realistic depictions of violence, those anxieties are, if anything, rising. Scientific studies of the effects of videogame violence on children - do they encourage copycat violence, or 'desensitise' children? - have so far proved contradictory and inconclusive. The question of classification and censorship - fuelled by sporadic media flare-ups in the wake of child-killings or high-school shootings - remains a hot one. The videogame industry is lobbying hard for self-regulation, recently proposing a 'traffic-light' system; while the government seems inclined - at present - to bring videogame producers under the wing of the British Board of Film Classification. Following a government-commissioned report by the child psychologist Tania Byron earlier this year, the Department for Culture, Media and Sport has just completed its consultation period and is expected to make a ruling shortly. The mainstream of responses to the larger questions - what does it mean to spend time in a virtual world, and what are the effects? - have often been aggressively partisan and have tended to take a scientific or a legislative approach. The striking images on these pages, though, are the first fruits of a British photographer's attempt to explore the relationship between children and virtual violence in a more lateral way. These photographs are stills captured from head-on film footage of children as they play a number of more or less violent videogames - Halo 3, Call of Duty, GTA 4, Tekken and Star Wars Battlefront. They are the raw material for an ambitious, open-ended project with a foot in the worlds of both art and science. Using a high-definition digital video camera, Robbie Cooper, a British-born photo¬journalist based in New York, has used a technique pioneered by the American documentary film-maker Errol Morris, best known for the The Thin Blue Line (1988) and The Fog of War (2003). 'Morris calls it the "Interrotron",' Cooper says. 'He does interviews with two autocues. He is in a different room. The interview subject looks straight into the lens, and Morris's face is projected on to the autocue directly in front of the lens. So he's looking the person straight in the eye. He's interviewing them and there's a lens behind his face.' The effect is to cause the interviewee to lock eyes with the lens. Cooper, with his cameraman collaborator, Andrew Wiggins, and organisational brain, Charly Smith, adapted it for this purpose by projecting the screen display of the game on to the lens of the camera - so capturing that disconcerting intensity of expression that comes as the children tear imaginary enemies apart with imaginary machine guns. Immersion, as Cooper calls this project, came about as the result of a previous experiment, Alter Ego. He had become interested in the virtual worlds of multiplayer online games such as Second Life and World of Warcraft. He started photographing players alongside the digital 'avatars' that represented them in those virtual worlds. He found middle-aged male academics masquerading as female dwarfs; office workers as undead warriors; disabled teenagers as fighting robots. In the process, he said, he found himself 'travelling around all these places in Korea and China where you have got row upon row of people sitting in internet cafes playing these games, staring at screens', and he became fascinated by their absorption in the unreal. 'You look them in the eye and they're really transported. That's what I like about having them looking directly into the camera. We're not used to seeing that look directed at us - as if someone's looking right through you.' So far Cooper has gathered footage from secondary schools in America and, more recently, London and Grimsby. The results are variable, and intriguing. The children who are most expressive in class, according to their teachers, are also the most expressive in front of the screens. Others - particularly the hardened gamers - remain utterly expressionless: 'Nothing. Not a glimmer of emotion. If you couldn't see the hands moving, you wouldn't know anything was going on at all.' (There is one expression - an agonised open-mouthed gape, with lips pulled in to cover the teeth - that is seen on several children's faces playing the first-person shooter Call of Duty. It seems, oddly, to be unique to that game.) The plan is to settle on a group of 75 game-playing children - selected by a researcher to represent a cross-section of ethnic groups, income brackets and cultural backgrounds within Britain - and spend 18 months using the technique to film them reacting to different manifestations of screen warfare, be they videogames, news footage, internet videos or feature films. Cooper will then log their expressions and work with a psychologist and sociologist to interpret the results in light of the psychological profiles of the individual children.
Cooper is also learning the Facial Action Coding System (FACS), developed in the 1970s by the distinguished academic psychologist Paul Ekman. 'Ekman logged all the muscles in the face,' Cooper says, 'and designed this system based on a combination of muscle movements for every possible facial expression. There are some people who think this is a more accurate way of interpreting internal space than even the most modern brain-scanning technology. His micro-expression tool is used by the CIA.' Cooper - who at 39 is part of the generation that grew up with videogames, and still plays them himself - is keen to approach his subject with an open mind. 'It seems possible,' he says, 'that there's a link between violent games and social aggression, bullying or exclusion; but whether the violent game is the biggest factor in that, it's hard to say. I think a lot of what has been said so far about the effect of media violence on children doesn't take into consideration the psychological make-up of individual kids, and how big an impact the different types of media violence have on different children.' Cooper refers to his footage as 'data', but he is also working towards exhibiting these images. His notion is to project the film on to one wall while playing the game's sound-effects - 'incredibly cartoony compared to the sounds of real-life violence'. Effectively, the gallery visitor will be standing in the audio-environment of the game, staring into the face of the child playing it. He also plans to show stills in 'grids of expression'. 'If you look at FACS, the learning tool has grids of expressions. I want to take single expressions and multiply them over and over, with different kids shot in an identical way.' By halfway through 2009, Cooper thinks he will have enough material to mount the first exhibition. 'Unreality is interesting,' he says. 'As a photojournalist, you're meant to look at moments of extreme emotion. It seemed to me, after a while of doing that… that is unreal as well. As Baudrillard said, the proliferation of images means we live in an increasingly unreal, mediated world. It's a challenge to try and capture that because you have to start dealing with the medium itself.'
Asked if he sees what he is doing as sociological research or an art project, Cooper says decisively, 'Both.'